Mas sua comunicação não pode esperar por ele!
O Carnaval é uma das festas brasileiras mais tradicionais. Sua origem é incerta, alguns historiadores afirmam que ele se origina dos cultos agrários da Antiguidade, enquanto outros atribuem às comemorações de batalhas da Idade Média. Independentemente de onde veio, uma coisa é certa: o jeitinho brasileiro foi aplicado à festa que, ao longo dos anos, se tornou o megaevento que existe hoje.
Das Avenidas às avenidas, das Escolas de Samba aos blocos de rua, o Carnaval é um dos eventos mais esperados dos brasileiros e dos milhares de turistas estrangeiros que vêm vivenciá-lo todos os anos. Mais do que um momento de celebração, música e felicidade, o Carnaval é parte da identidade nacional e uma oportunidade econômica não só para o setor turístico, mas para todos os negócios.
Uma das brincadeiras mais comuns entre os brasileiros é de que o ano só começa depois do Carnaval, de tão importante que a festividade é para o calendário nacional. Ter o Carnaval não só como um momento de descontração e festa, mas também como uma oportunidade, é uma ótima estratégia, mas que não pode esperar esse “segundo ano novo”.
Fonte: ivetesngnews, via GIPHY
Paz, Carnaval, Futebol… Negócios?
Já que o Carnaval está tão associado à ideia do Brasil, tanto para nós mesmos quanto para o mercado e público estrangeiro, ele irá repercutir em múltiplos espaços do dia a dia do brasileiro, inclusive, nos negócios e na comunicação. Existem diversos caminhos para mergulhar na publicidade carnavalesca, e alguns parecem mais óbvios que outros.
Mais do que somente trazer exemplos de como carnavalizar sua comunicação, queremos relembrar a regra máxima: qualquer estratégia vai exigir conhecer o seu público, entender o contexto e ser coerente entre formato, tom, local (ou meio) e público. O match tem que ser perfeito! Então, em vez de só apresentarmos exemplos de como se comunicar no Carnaval, que tal a gente contextualizar os diferentes espaços da festividade e seus públicos e mostrar alguns cases que ganharam a nota máxima na avenida da comunicação?
Fonte: Red Bull, via GIPHY
Para quem gosta dos desfiles das Escolas de Samba…
Essa tende a ser a opção mais cara para os públicos, especialmente para quem não é do eixo Rio-Salvador-São Paulo. Os foliões que escolhem ir às arquibancadas e camarotes arcam não somente com os valores altíssimos de ingressos, mas também com os demais custos ligados à viagem, como os de transporte e hotelaria.
Como são os carnavais com mais visibilidade, são excelentes para as marcas aparecerem, desde que, assim como os foliões, estejam dispostas a investir muito. Podem ser patrocinadoras dos desfiles, aparecendo com chamadas e brasões nas emissoras televisionadas; podem entrar em editais e cotas para vender seus produtos dentro dos sambódromos; podem patrocinar setores da arquibancada e camarotes, com o bônus de uma divulgação extra com os abadás que aparecem em todas as fotos. Aqui os grandes cases são das marcas tradicionais: a Brahma promove, anualmente, um dos mais tradicionais camarotes do Carnaval Paulista.
Fonte: Tenor
Para quem curte o carnaval de rua…
Existem dois tipos de carnaval de rua: o calendário oficial da cidade e os blocos piratas.
Praticamente toda cidade do país tem um calendário oficial de Carnaval. As programações tendem a ser em pontos específicos da cidade, com as atrações tendo percurso, horário e até mesmo patrocinadores iguais, variando somente o dia. Geralmente, são os blocos de rua mais antigos e costumeiros das cidades, que participam de editais públicos para conseguir seu financiamento e garantir a festa por mais um ano!
Os blocos piratas são aqueles independentes. Eles arrecadam fundos por conta própria, não têm patrocinadores oficiais, estão fora do circuito da cidade, tendem a ter uma visualidade muito marcante (cores específicas ou símbolos que os foliões aderem) e costumam acontecer de forma mais surpresa, por exemplo, anunciando o lugar da saída no dia anterior.
Fonte: tvebahia, via GIPHY
Porém, o público do carnaval deles é basicamente o mesmo: o do folião que quer aproveitar os espaços da cidade. Ele vai para a rua, caminha pelas praças admirando a festa coletiva e faz daquele momento seu rolê. Isso significa que são pessoas que estão animadas, que se planejaram para passar o dia na rua, no sol e no calor pulando e dançando! Para as marcas, é interessante perceber que o comportamento desse folião significa que ele provavelmente irá consumir na rua, de ambulantes, irá passar calor e buscará alguma forma de se refrescar.
Nos carnavais do calendário oficial da cidade, as empresas podem participar de editais para serem, por exemplo, a distribuidora de bebidas do carnaval. Todos ambulantes identificados com as cores dos patrocinadores, os tipos de produtos limitados aos dos financiadores da festa, o trio elétrico com banners identificadores dos patrocinadores. A festa fica com as cores e produtos de quem foi selecionado para o edital. Em Porto Alegre, por vários anos, incluindo 2018 e 2019, o carnaval de rua foi pintado de guarda-sóis, abadás e banners amarelos da Skol.
A rua é livre. Então, independente de ser calendário oficial ou blocos piratas, várias marcas e instituições veem na multidão pelas ruas uma oportunidade de fazer uma ativação comercial, geralmente, distribuindo brindes! Marcas de produtos estéticos e de higiene, como a Nívea e a Colgate, têm distribuído amostras de protetor solar ou enxaguante bucal aos foliões, que se encaixam perfeitamente às necessidades de quem vai passar o dia na rua curtindo a festa. Outras, cujos produtos não tem muito a ver com o cortejo, anunciam promoções. Lojas e até movimentos sociais distribuem brindes mais simples, porém populares, como leques de papel.
Talvez o melhor e mais antigo case de sucesso de distribuição de brinde de Carnaval por uma marca ou instituição seja do próprio Ministério da Saúde. Todo folião já viu a equipe do MS (às vezes, até fantasiados!) distribuindo camisinhas masculinas, femininas e lubrificantes junto a panfletos sobre saúde sexual!
Fonte: Ministério da Saúde, via Agência Fiocruz de Notícias
Para quem curte a festa do sofá de casa…
Não é todo mundo que gosta de aglomeração, de festa, de música, de calor. Por isso, a gente também pensou em quem gosta de curtir o feriado de casa e do sofá, acompanhando a apuração das escolas pela TV, e como as marcas podem atingir esses públicos!
Às vezes, a simples menção ao período de festas já basta. As lojas de departamento e móveis são as rainhas da bateria nesse quesito! Aproveitam para fazer promoções especiais usando termos como “Folia de Ofertas”, “Carnaval de oportunidades” e “Ressaca de Carnaval” ou, até mesmo, criando imagens com seus avatares virtuais curtindo a festa! Mesmo sem participar ativamente dos cortejos, reconhecer a importância do Carnaval reforça a imagem de que sua marca está presente e ligada ao público brasileiro, e te aproximando dele.
Fonte: Nicklodeon, via GIPHY
Como levar sua marca para cair na folia?
Falamos dos diferentes jeitos de aproveitar a festa e de alguns perfis de público, além de contar alguns cases de sucesso. Agora chegou a hora de pensar onde você e sua marca se encaixam no cortejo. E é aqui que importa o planejamento!
Lembra que comecei falando que não é para esperar o Carnaval passar para começar o ano? É porque planejamento e estratégia demandam tempo e estudo de viabilidade e de recursos. Caberá à agência que atende você entender quem é seu público-alvo e propor ideias que fazem sentido com sua realidade, identificando as melhores oportunidades de ações de comunicação no Carnaval!
Vimos que alguns negócios têm mais facilidade em encontrar sua oportunidade nos cortejos, mas é possível achar o tom, um acorde com um lindo som e fazer com que fique bom (roubando as palavras do samba de Arlindo Cruz), pois o show - e a comunicação - tem que continuar.
Fonte: VICELAND, via GIPHY
Conte com uma agência boa de faro para farejar a melhor oportunidade de uma comunicação inovadora e (especialmente no Carnaval) divertida, que valorize o melhor do seu negócio e do DNA do Brasil!
Esse artigo foi escrito por Dora Leonetti, que
ama o Carnaval, não perde um bloco de rua e
escreveu até um TCC sobre isso!
Comments