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Sequências, remakes e live actions: é o fim das ideias originais?

Foto do escritor: Maria Eduarda LohMaria Eduarda Loh

Como a tendência de Hollywood em refazer ideias conhecidas influencia no marketing?


Quantos filmes das grandes franquias estão indicados ao Oscar de 2025? Dá para contar nos dedos os longa-metragens indicados nas premiações que não fazem parte de grandes histórias já conhecidas. Sequências, remakes e live actions parecem ter dominado o mercado, seja nas telas quanto nas marcas. De “Gladiador 2” até mesmo ao Adidas Samba, os lançamentos prendem-se à nostalgia e gatilhos. Mas, o que de fato o público pensa sobre isso: uma crise de criatividade ou uma forma de inovar o velho?


Qual a diferença? 

Antes de mais nada, é importante saber o que diferencia a sequência, do remake e do live action. A sequência é a continuação de uma história, como “Gladiador 2” e “Duna 2”, presentes no Oscar de 2025. Já o remake é definido por refilmagens e adaptações, um exemplo recente disso é o filme “Wicked”, que é um remake da peça de mesmo nome que também é uma adaptação da história do “Mágico de Oz”. Por fim, o live action é a regravação de uma animação com pessoas reais ou efeitos visuais que não sejam em desenho. Além de ser considerado um live action, o filme “Mufasa: O Rei Leão” também é uma prequência da trama que deu origem ao Hakuna Matata. 


Esses diferentes formatos podem trazer novas abordagens para as suas versões antigas, como é o caso da representatividade no live action da “Pequena Sereia".  Mas, por que isso é tão frequente?


GIF da Ivete Sangalo dançando com confetes dourados caindo


Por que não ideias originais?


O apego à nostalgia 

A aposta em remakes e sequências não é de hoje e têm demonstrado ser um caminho seguro para os produtores que exploram a nostalgia. Existem diversos motivos para isso acontecer, sendo o principal deles a busca pela memória afetiva. Todos gostamos do sentimento de saudade que bate quando vemos filmes e séries que acompanhávamos na infância. Isso traz as boas lembranças que temos guardadas. Ao se agarrar na nostalgia, os estúdios de cinema criam uma conexão com o público ao mesmo tempo mais velho e novo, aumentando as chances de sucesso de bilheteria.


Refazer é uma escolha mais segura

Outra razão que perdura as adaptações é a garantia do lucro com produções já consagradas. É da natureza humana gostar do que já estamos familiarizados. Quando somos apresentados a ideias inéditas, é possível haver um receio para aceitar. Esse medo do novo é aplicado aos filmes, que utilizam fórmulas e padrões que os espectadores já estão acostumados para otimizar um retorno financeiro positivo nos filmes de grande orçamento.


Travou o disco?

A reciclagem de conteúdo não se limita apenas às produções audiovisuais, mas  também à música e aos videogames. Artistas querem se reinventar, e a regravação de álbuns é uma maneira de atingir novos públicos, ainda estando dentro da zona de conforto. É o caso da Taylor Swift, que fez uma das maiores turnês justamente revivendo todas as eras da sua carreira, atingindo desde os fãs mais novos aos mais antigos, apelando pela nostalgia dos hits antigos. Resident Evil 2 remake também revisita títulos de sucesso para fidelizar fãs. Com essa tendência em alta, é claro que as marcas não iriam ficar de fora.


GIF de passista sambando no sambódromo com fantasia de penas rosas


De 1950 ao tiktok

Talvez o exemplo de maior sucesso da nostalgia e remakes feito pelas marcas é a popularização (de novo) do Adidas Samba. Esse modelo de tênis, por ser parecido com chuteiras, virou febre em 1950, por conta da Copa do Mundo. A reedição do clássico tem repercutido na atualidade, em redes sociais como o Tiktok, por trends de “se arrume comigo” e suas diversas parcerias com influencers como Bella Hadid e marcas como Heineken. Tudo isso aplicado com a técnica de apelo afetivo gerou impacto no público. Esse par de sapatos foi tão queridinho que recebeu o prêmio de “Tênis do Ano”, em 2023 pela Footwear News.


Mas o que o público pensa? 

A busca por inovar o velho  pode tomar dois rumos distintos com base na abordagem que se faz. Uma pesquisa realizada pela Harris Poll revelou que 74% da geração Z e dos millennials preferem filmes originais do que remakes. Por outro lado, ao analisarmos as bilheterias, veremos que não é bem assim. A sequência de “Gladiador” superou seu original, obtendo um retorno superior a US$ 55,5 milhões, sendo o filme de maior bilheteria de Denzel Washington. O mesmo vale para o Adidas Samba, que recebeu mais de 836 milhões de visualizações em vídeos com a hashtag Adidas Samba e teve um aumento de buscas de +13,227% no ano passado.


Sua marca deve voltar ao passado? 

O futuro é incerto, então podemos nos apoiar sobre o que já sabemos: o passado. Sequências, remakes e live actions são estratégias poderosas tanto para filmes como para marcas que desejam fidelizar clientes antigos e atingir novos públicos. Explorar a memória afetiva e o apego ao que já é conhecido tem seu valor econômico, como demonstram “Gladiador 2” e o Adidas Samba. 


Mas, quanto custa inovar o novo? Por mais redundante que seja essa frase, apostar em ideias originais e criativas também possui um valor simbólico. Um exemplo disso é o filme “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, que trouxe conceitos e visuais, no mínimo, diferentões que atraíram o público com algo que nunca viram antes, como os dedos de salsicha. O longa foi tão aclamado por suas inovações que levou o Oscar de Melhor Filme. Seja qual for a sua abordagem, é importante entender seu público para saber de qual lado eles estão: inovar o novo ou o velho? 



GIF de carro alegórico de cavaleiro montado em cavalo branco desfilando no Sambódromo

E aí? Qual a sua opinião sobre sequências, remakes e live actions? Deixe nos comentários o que você pensa sobre essa tendência de Hollywood e das marcas!


Mulher branca com cabelos cacheados escuros sorrindo com uma tiara de carnaval de estrelas na cabeça e camisa de nuvens

Esse artigo foi escrito por Maria Eduarda Loh, nossa estagiária de Redação e Audiovisual.

Seu Letterboxd é recheado de 4 estrelas e ela está sempre atrás de boas indicações de filmes para ver.


 
 
 

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